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Na Falta do que fazer! (Parte 5)

"Quero o Blade, na proxima saga Crepúsculo"

Serio mesmo, não imaginei que seria tão fácil, pensei que seria mais fácil um camelo passar em um buraco de uma agulha do que eu recuperar a confiança dela, quando disquei o numero do seu telefone preparei os ouvidos para ouvir as piores barbaridades, pense em uma mulher da boca suja. Mas com meia dúzia de frases feitas do tipo; “Estou completamente apaixonado por você, você será a mãe de meus filhos, estou arrependido, fui um tolo” ela se rendeu facilmente. Tá ok! Vocês acham que fui um cretino? Vejam meu plano então, coisa simples, é fazer com que fique completamente louca por mim, e depois faze - lá se arrependa por ter estourado o limite do meu cartão de credito propositalmente só pra me lascar.  Imagino que minhas belas leitoras estejam pensando assim; “Alfredo, você está sendo um filho de uma puta se rebaixando ao nível dela”, contra partida os homens diriam; “É isso aí mano, faz essa biscate comer na tua mão”. Eu, no entanto, quero apenas vingança, o complicado é que Luana faz o tipo mulher chiclete: você mastiga,chupa,cospe, pisa em cima e ela ainda fica no pé, e esse tipo de felina é o mais perigoso de todos, imaginem só ela com uma faca na mão em uma crise de pelanca, em dois tempos me mandaria dá um abraço bem apertado em São Pedro, um preço muito caro a pagar comparado ao benefício, afinal ela não é nenhuma Angelina Julie. Por isso meus caros leitores, eu teria que ser bem cauteloso, não poderia acordar ao lado dela em uma manhã de domingo e dizer de maneira sínica; “Querida não podemos mais ficar juntos, tenho uma doença terminal grave, sífilis no sovaco e vou morrer em poucos dias, acho melhor nos separar, cada um pro seu lado, cada um com seu travesseiro sacas?”. Assinaria ai minha sentença de morte, em dias normais ela me bateria com o que tivesse na mão até a morte, e se tivesse de TPM , ah meus amigos,  me torturaria, me queimaria vivo ou até mesmo arrancaria minhas vísceras e daria de refeição para o seu cachorro, e verdadeiramente, não é o que quero que aconteça.
Pensando e pensando, dentro do meu eu mais profundo, constatei que para não correr o risco de virar refeição de rottweiler igual à Eliza Samudio, teria que fazer a minha relação com Luana a anã de olhos grandes, parecer verdadeira pelo menos pra ela, ou seja, teríamos que namorar da maneira mais intensa possível. E nessa altura do campeonato onde meu time está em ultimo colocado no quadro geral, e estou sem muita opção no banco, ela também viria como um consolo, Sei que alguns de vocês pensaram; “Se eu tivesse me separado de alguém há dois dias, não ia querer me amarra de imediato a outra pessoa”. Aí que entra a parte boa da coisa, eu serei o mais filho da puta possível, não desejo levar a serio a relação, tá bom já sei sou um cretino, mais e daí? Tenho algo ao meu favor pra manter um namoro fictício de maneira vadia, Luana é ligeiramente lerda, do tipo que se contar uma piada na quarta, ela vai rir só no sábado, isso tornam as coisas bem mais fáceis.  
O domingo se arrastava e as horas pareciam não passar, e sem nada pra fazer, percebi que Geane esqueceu a trilogia pirata do filme Crepúsculo, resolvi assisti. Meus leitores o que é aquilo, é o verdadeiro clássico da falta do que fazer, uma verdadeira bosta, eu sei que alguns devem gostar mais na boa, prefiro assistir pela vigésima nona vez a Lagoa Azul, e o pior é que o filme te força assistir os três capítulos, porque em nenhum deles você tem um final, o que consegui concluir foi o seguinte; O Jacob não passa de um talarico safado, o Edward é um corno conformado, e a Bella é uma tremenda vadia, e não consegui entender porque o Edward brilha no sol? Pra melhorar o meu humor tive que colocar As Branquelas pra assistir, num importa quantas vezes você veja e veja as mesmas cenas, você da risada.
O domingo se encerrou com mais alguma latas de cerveja, despertando um sono tão profundo que dormi no sofá mesmo, o complicado é que meu sofá além de todo furado é extremamente duro e desconfortável o que me causa dor nas costas o resto da semana. O relógio despertou 5:30, fechei os olhos por cinco minutos e já eram 6:30 horas. E lá estava eu em plena segunda-feira com dor nas costas e atrasado, pensando em qual parente mataria dessa vez, logo desisti da idéia, pois lembre que matei minha tia, minha avó e pelo menos uns três primos. Na lotação tive uma sorte, logo que entrei a cadeira do acento preferência estava vaga, não deu outra como uma flecha sentei , mais novamente a lei de Marphi entra em ação. Porque sempre que você senta em um banco preferência no ponto seguinte sobe um velho? No meu caso foram logo dois, a moça que estava do meu lado levantou, e eu? Não pensei duas vezes, fingi que estava na maior soneca, só abri o olho quando a lotação entrou no metro, será  que quando morrer ainda vou pro céu?  
Num preciso nem falar da cara do meu chefe quando me viu quarenta minutos atrasado. Bom, hoje começa minhas aulas na faculdade e será meu primeiro dia cortejando a anã de olhos saltados, logo conto pra vocês como foi.

Corno conformado não exite! (Parte 4)


"Três coisas que não iremos ver: Enterro de Anão, ex-viado e ex-corno"


Dormi tarde e acordei cedo, em pleno domingo sete horas da manhã e eu já estava em pé. E o pior é que sei bem o que anda tirando meu sono, ontem esteve em minha casa, Joana, amiga minha e de Geane. Ela me disse o seguinte; “Sabe Alfredo, gosto muito de tu e é por isso que quero que esqueça de vez da tua ex-mulher. Até mesmo porque, não é de hoje que ela esta envolvida com aquele tal de Ricardo, fazem meses”. Quando ela me disse isso, senti minha cabeça pender pra frente por causa dos chifres, sempre desconfiei, mas como bom corno fui o último a saber. E ao notar minha enorme decepção, com todo sotaque nordestino que tinha continuou; “Olhe! Agora que tu já sabe que foi corno, não me venha com historia de se jogar de um prédio, porque o que tu ganhou foi chifre e não asa!”. Agradeci por ela ter sido tão sincera, poderia quem sabe ter sido um pouco mais sutil, fazer o que é o jeito dela. Lembrei que o meu falecido pai, dizia assim; “Chifre é igual dentadura uma hora você acaba acostuma”, e é por isso que decidi acelerar o processo de adaptação. Aproveitei que acordei com o pique de uma diarista pra fazer aquela faxina no lixo inútil de cinco anos de relacionamento. Tomei um susto quando abri o guarda-roupa e notei que ele estava vazio, me surpreendi como meus trapos ocupavam menos que quinze por cento de todo o espaço. Revirando algumas coisas achei algumas fotos, que de fato cortaram meu coração, perguntei-me onde foi parar tanta felicidade, não faço a mínima idéia, talvez na casa do tal Ricardo. Achei também algumas cartas, e dei risada com tantas baboseiras escrita em papel. Em uma das cartas, Geane escreveu assim; “Quero te fazer o homem mais feliz do mundo, acordar ao seu lado todos as manhãs, fazer aquele café amargo e forte que você gosta, quero fazer amor todos os dias, quero ter você pra sempre!”. O que me chamou mais a atenção é que aconteceu tudo ao contrário do que ela havia escrito, me fez infeliz por cinco anos, de propósito pra me irrita fazia o café franco e doce, e sexo meu amigos, era mais fácil eu ver um arco-íris.O importante de tudo, é que sempre tiramos uma lição dos momentos difíceis de nossas vidas, aprendi mil formas de ser menos otário e mil formas de fazer uma mulher de otária. Por fim, em uma crise Amy Winehouse, toquei fogo em tudo, e juro pra vocês meus caros leitores que serei um tanto diferente daqui pra frente.
Resolvi cozinhar, mas acreditem, decididamente sou uma lastima na cozinha. Tentei fazer um macarrão com molho branco, igual o da minha mãe, mas passou longe. Quis fazer então uma boa ação, coloquei o saboroso almoço que tinha feito na rua pra um vira lata que sempre fica por lá comer, mas nem ele teve se que a coragem de experimentar. É quem sabe os ratos e as baratas não comam.
O dia seguiu sem novidades, meu humor estava ótimo com a vitória do meu “Curintiaanz”, havia descoberto uma maneira “sadia” de me vingar da anã maldita, até eu parar pra assistir o Faustão, por favor meus amigos e amigas me respondam essa questão, como alguém pode ser tão chato, e ter um programa de televisão por mais de vinte anos na maior emissora de televisão brasileira? Sem contar que ele usa uns relógios enormes, parece até que arrancou da parede de casa. Tenho pra mim que ele é sem duvidas o maior químico do mundo, conseguiu transformar meu domingo e tenho certeza que o de muita gente em bosta!
                O jeito é tentar ir dormir mais cedo sem pensar em bobagem, mas sei que não vai ser nada fácil assim. Essa historia que falam sobre corno conformado não existe, é difícil lidar com o fato que sua mulher, quer dizer “ex-mulher”, deu pra outro enquanto estava com você, e o pior é que pra mim ela sempre inventava uma desculpa pra não “dá”. Lembro que cheguei a levá-la ao neurologista, pra ver o motivo de tanta dor de cabeça. Então, antes que eu fosse dormir e ficasse revirando na cama, resolvi fazer algo interessante, antecipar  o maior plano de vingança já visto no mundo. Peguei o telefone e liguei pra maldita anã de olhos grandes, e após o terceiro toque ela atendeu com sua voz irritante.

Cont.

Contos de fadas não existem! (Parte 3)

"Contos de fadas não existem, para todas as outras tenha MasterCard!"


“Onde estou? Quem é ela? que horas são?” Perguntei pra mim mesmo. Logo achei as respostas para todas essas questões mais que obvias, visto que ontem “toquei o puteiro”. Estava eu em um quarto de motel, com uma colega da faculdade, pra variar atrasado. O lugar, mas parecia um “pulgueiro”, o espelho do teto estava rachado e embolorado nas laterais. Pensei; isso vai cair na minha cabeça, corri ao banheiro pra tomar aquela ducha, e percebi que não havia porta, me questionei se haveria chuveiro, chuveiro até tinha, só não tinha água quente. Que horrível, minha cabeça doía, parecia que o cérebro estava solto lá dentro.
Eis então que ela me surge na porta, ela a garota com quem dormi. Entendi porque os caras diziam que ela não podia de forma alguma usar OB. Não, não é isso que vocês estão pensando, ela era tão pequena, mais tão pequena, que se usasse OB sem dúvidas tropeçaria na cordinha. Juro que não tinha mais que 1,40m, parecia minha sobrinha de 10 anos. E alguns pensamentos começaram a explodir na minha cabeça, como ia eu sair a pé daquele estabelecimento ao lado daquela anã. Bom, de uma coisa eu tinha certeza, iria sair sem ela, nem que tivesse que colocá-la a força dentro da minha mochila. E o pior de tudo era ouvir aquela voz aguda e irritante entrando dentro da minha cabeça, piorando mais ainda a dor.
Imaginem só ela falando; “Nossa! ontem à noite você foi um animal” Aproveitou pra fazer um trocadilho com a palavra animal, ficou mais ou menos assim; “Animaaaaaaauuuu!”. E quando ela fez isso pensei que os vidros iriam estourar e junto com eles minha cabeça. Não tive como não ser grosso. “É possível você falar mais baixo, de preferência ficar sem falar, porque sua voz irrita”. Ela fez uma cara de choro e respondeu; “Vocês homens são tudo iguais, ontem você me disso coisas bonitas, acho que só foi pra me levar pra cama” disse quase chorando.
Me senti um lixo, não acredito que fiz isso com ela usei, uma  pessoa pra se vingar de outra. “Desculpa, não quis ser grosso”. Então como se fosse tudo um teatro ela respondeu com sua voz irritante “Então, ainda vamos casar?” Como assim casamento? Minha cabeça doendo, atrasado e uma louca falando de casamento. Meu “eu” Saraiva falou mais alto “Filha acorda, conto de fadas não existem”.
Um momento de silêncio, ela ficou estática olhando para mim, notei que 70% de seu rosto pertenciam aos seus olhos, parecia uma coruja. Mas foi como uma leoa que pulou encima de mim, em uma fração de segundos se pendurou em meu cabelo, verdadeiramente ela além de anã era louca, lembrei daquele filme A Noiva de Chuck, nesse caso ela era a noiva e eu num estava nem um pouco a fim de ser o Chuck. Peguei ela pelo os braços como se fosse uma criança e a joguei na cama. Ela gritava, esperneava, me chamava de cafajestes, de filho da puta. Minha cabeça doía, não achava meu sinto e não pude deixar de gritar mais alto que ela, “Cala essa sua maldita boca!”
Ufa! Enfim ela parou de gritar, mas começou a chorar como um recém nascido. Aproveitei esse momento de distúrbio bipolar, terminei de me arrumar e saí ajeitando os cabelos pelos corredores e ouvido ainda seu choro. Na portaria, a recepcionista disse que não poderia sair sem a autorização dela, ou seja, a anã louca que me agrediu teria que liberar minha saída. Por um momento, pelo jeito que ela ficou, pensei que fosse ficar ali parado o dia inteiro, eu no lugar dela não autorizaria. Mas, nem todo mundo tem esse espírito de vingança que tenho,permitiu que eu fosse liberado. Mudei de idéia quando virei à esquina e recebi uma mensagem em meu celular escrito assim; “Você vai me pagar muito caro por isso!”. Na corrida até o serviço, notei que no bolso da camisa social tinha um papel, daqueles de maquina de cartões, exibindo o valor de R$237,00 em uma vez no credito. E pensei; “Estou fudido, isso só pode ser praga de Geane, na minha concepção minha já então “atual ex-esposa”. Ou até mesmo, poderia denominar isso como efeito colateral de uma fútil vingança.
Pra variar encontrei meu chefe no elevador, me olhou dos pés a cabeça com cara de nojo e disse; “Novamente atrasado, o que aconteceu com você filho?”. Prontamente respondi, “Minha avó faleceu essa madrugada”. Não me julguem, quem nunca matou um parente pra se livrar de um atraso. “E porque você veio trabalhar, volte pra casa pra ficar com sua família neste momento difícil”. Não sabia que conseguia fazer isso, consegui chorar, e de fato ele acreditou. Todos vieram me dar os pêsames. Inclusive ela, não a anã não, Monique é o nome dela, trabalha no RH, é uma loira gaúcha de parar o transito, ainda de quebra ganhei um abraço.
Bom meu queridos, as coisas começaram a mudar. Em plena sexta-feira, estava voltando pra casa e tinha o final de semana inteiro, já que minhas aulas ainda não começaram. Tudo lindo, ouvindo musica no mp3 do meu celular, sabe aquelas musica que você ouve e imagina mil coisas. Cheguei à rua da minha casa, vi um carro que mais parecia uma nave parado em frente. Não sei dizer que carro era só sei que nunca vou chegar a ter um desses.  Foi ai então que meu pesadelo começou novamente. Lá estava ela, não a anã não, Geane a descarada, safada e filha de uma puta, estava arrumando as malas, me olhou assustada e disse aquele “você!” Como se tivesse roubando moedas do porquinho. Respondi no instinto saraiva “Não, não sou eu, já ouviu falar de projeção astral”. Quando terminei de falar saiu do nosso quarto, um homem, que parecia o King Kong, ele era 2X2, isso que dizer que eram dois metros de largura por dois de altura. Era negro, e seus beiços se cortassem e fizesse churrasco deles, alimentaria toda a Somália, era um senhor "beiço!"
“Quem é esse Godizila?” Perguntei com enorme surpresa olhando pra cima. “Esse Godizila, chamasse Ricardo e será meu marido em questão de dias”. “Filho da puta!” percebi que pra variar pensei alto, e aquela montanha enfim abriu a boca. “O que você falou?!”, tive medo da cara dele, mas da voz meus queridos, quase ri. Lembra da anã enlouquecida, a voz dele parecia com a dela. Geane pela primeira vez em muitos anos teve uma atitude sensata, pediu para o tal de Ricardo aguardar no carro.
“Porra Geane! O cara tem corpo de Maguila com voz de Léo Aquila”. Claro que me certifiquei se ele já tinha ido, por que, a voz era de Léo Aquila, mas a mão continuava sendo do Maguila.
Por fim meus queridos, ela foi embora, sem muita cerimônia. Disse que estava infeliz, e que conheceu alguém melhor, exagerou na demagogia, e poupou os elogios.  O mais estranho, é que era pra mim está rindo disso tudo, no entanto, são nove da noite, e estou vendo televisão, tomando uma cerveja e pensando em minha vida, como será de agora pra frente?
E pra encerrar a noite, meu telefone toca. E sim era ela a anã, resolvi atender. Preciso narrar com detalhes como foi o diálogo.
- Oi sou eu a Luana – Falou esbanjando felicidade, suspeitei que estaria aprontando alguma. E logo tive a certeza - Então, você sabe onde está seu cartão de credito?
- Em algum lugar na minha mochila por quê? – Respondi, mas com pensando; “eu acho que esteja.”
- Está enganado querido, está comigo!
                - OK tudo bem ele é de chip, você num tem a senha e mesmo se tivesse não usaria certo?-Disse imaginado o pior.
                - Errado, quem pagou a comanda ontem foi eu e com o seu cartão, você anotou a senha em um guardanapo e me entregou. Acabei de chegar do shopping, estava me sentindo muito mal, com a alta estima baixa, precisava gastar. Você tem que ver, comprei um escarpam lindo. Que pena que você é pobre e seu cartão tem um baixo limite, consegui passar só R$ 700,00. Agradeço a você Alfredo. Não quero que fique triste, pois,como você disse “Contos de fadas não existem”!
                   Chorei meus amigos, chorei de raiva, e vou chorar toda vez que lembrar o que aquela maldita anã fez comigo. Irei me retrair, farei meu plano de ataque, e na faculdade ela me paga, por que a vingança tarda, mais é prazerosa.
                Até!

Soneca maldita que me faz perder a hora!(Parte 2)

"É perdendo a hora que se acha problema!"
Por favor, me digam quem foi o filho de uma puta, desocupado, e preguiçoso que inventou a tal “soneca” para celular, poderiam mudar o nome de “soneca” pra “perca a hora”. Não há uma única vez em que meu celular desperte, e tenho a infelicidade de apertar o botão que ativa a maldita função e não chegar atrasado ao serviço. Programei para despertar às 05h15min, levantei eram 05h55min com o barulho do salto da Geane, minha “querida futura ex-esposar”. E o que mais me surpreendeu, foi que a bandida descarada acorda e sai no mesmo horário que eu, e não teve a coragem de me chamar. Foi pura maldade, e cinismo da parte dela olhar pra mim e dizer; “Hum, acho que você está atrasar”. No entanto meus queridos leitores, ela não esperava que eu teria minha vingança, muito menos que seria tão rápida. Ao passar pela cozinha, notei que a chave do portão dela, estava em cima da mesa, não pensei duas vezes, sem pestanejar abri a lixeira e joguei no lixo. Quase coloquei tudo a perder com uma enorme gargalhada, quando ela perguntou; “Você viu minha chave?”, respondi com o maior prazer devolvendo o cinismo; “Hum, não posso falar com você querida, eu estou atrasado”. Juro pra vocês, se aquela mulher tivesse o raio ultravioleta do super-homem nos olhos, ela teria me fritado sem dó nem piedade. Terminei de me arrumar, e ela ainda estava sentada no sofá, neguei emprestar minha chave e saboreei minha vingança com um bom café puro e amargo, ainda me dei o luxo de fumar um cigarro e engraxar meus sapatos, antes de sair de casa.
 Coitada, quase caiu correndo no caminho para o ponto. Já eu meus queridos, aprendi uma coisa, se você estiver atrasado não adianta correr nem se desesperar, por que tudo vai acontecer. Seu ônibus vai atrasa ou quebrar, e no caminho se prepare vai encontrar trânsito, quando não o motorista acaba sendo um lerdo, dirigindo a “10 por hora”, enfim, tudo vai conspirar contra você. E pra explicar tal conspiração do universo, só mesmo as leis de Murphy. Mas, uma das coisas que eu queria muito saber, é porque que quando você está atraso, e reza o caminho todo pra não encontrar seu chefe, você da de cara com ele no elevado, e lá mesmo ele faz uma pergunta só pra te deixar sem jeito. “Atrasado novamente?!” e você faz aquela cara de bosta.  Nessa altura do campeonato esqueça, seu dia será uma merda do começo ao fim. Nem guardei minhas coisas e o Bruno me vem; “Mastigado, pega um café na maquina pra mim, to atolado de coisa pra fazer”, fazer o que, difícil de aceitar que respondo para um “Nerd” , virgem e de mau hálito. Claro que não poderia faltar aquela cuspidinha básica no café.
 Eu tenho um grande problema, desde pequeno sou muito vingativo. E hoje, eu tenho uma vingança saborosa para me deliciar. Lembram que na ultima postagem, terminei dizendo assim; “Depois conto como foi chegar em casa moído e se deparar com a medusa virada no satanás”, então a Medusa, minha adorável futura ex-mulher, não estava em casa, encontrei um bilhete na geladeira escrito com essas palavras; “Oi amor! passei em casa rapidinho pra me trocar, é aniversario de uma amiga minha e vamos comemorar. Não tenho horas pra chegar, mas não se preocupe, o Ricardo meu amigo da faculdade vai me trazer de carro”. Quando li aquilo meus querido, eu não sei se ria ou se chorava. Por mais que não sinta absolutamente nada por ela, ela ainda é casada comigo, e isso é uma falta de respeito com a minha masculinidade. Nunca em cinco anos de relação saímos sozinhos, sem que um dos dois estivesse junto, e agora que nossa relação está por um fio ela me vem com essa. Contei até 100 e sentei para ver o jogo do meu Corinthians, mais dormi do que assisti, acordei eram 44 do segundo tempo, e o placar era 2 x 0 para o Tolima. Fiquei com vontade de quebrar a televisão, mas logo me lembrei do crediário nas Casas Bahia, e que faltam ainda sete parcelas. Ouvi um barulho de um carro, algumas risadas, e um barulho de alguém mexendo no cadeado. Juro pra vocês, que ela demorou cerca de cinco minutos pra conseguir abrir o portão, entrou com os sapatos na mão e toda descabelada, exalando álcool pelos poros. Ela me disse “oi” e não respondi, tenho certeza que ela pensou assim; “Fudeo o Corinthians perdeu”. Quebramos o pau, quer dizer tentei brigar, mais ela caiu na cama e nem me deu atenção.
 Por isso meus amigos e amigas, declaro hoje o dia mundial da Vingança, vou beber com meus amigos e abraçar os postes. Tenho três fortes motivos pra isso, meu time perdeu e minha mulher é uma desgraçada sem coração, e o terceiro é que sou corno.
Liguei pra alguns amigos, esta tudo certo a noite promete, assino hoje minha carta de alforria. Logo mais, conto pra vocês como será chegar bêbado e acabar um casamento.
Até.

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Personagem de um cotidiano. (Parte 1)

"Mato cachorro a grito  pra economizar latido, e mesmo assim o meu porquinho passa fome!"

“Esse cachorro-quente deve está uma delicia”, pensei comigo mesmo, mas logo mudei de idéia quando vi o sorriso desdentado do tiozinho que os vendia. Pra ser um pouco mais detalhista - e ser detalhista é uma das minhas características marcante - pude contar em toda sua boca dois únicos dentes amarelados, ele é de fato o que poderíamos chamar de sorriso vazio, ri comigo mesmo e pensei “ganho pouco mais sou feliz”. Mordi o tão saboroso lanche com o ar suspeito, conclui que; Urubu na guerra é frango, porque a fome meus amigos, era grande.
Os dias em São Paulo andam muito quentes, e estar em plena Praça da Sé sob um calor de 35 graus, vestindo terno e gravata com certeza não é nada agradável, é  amostra grátis do inferno.
Sem muito rodeio, me chamo Carlos Alfredo Neto Souza da Silva, meu nome é uma junção de interesses e indecisões de meus pais. A história se resume no seguinte, minha mãe sempre quis ter um filho menino e colocar o nome de Carlos, e do jeito que ela é geniosa nada iria tirar isso da cabeça dela. Já meu grande pai que Deus o tenha, prometeu para meu avô no leito de sua morte que se tivesse um filho homem iria colocar seu nome de Alfredo, ai virou o seguinte texto; Carlos Alfredo Neto Souza da Silva. Levando em consideração que meus pais são do nordeste e o pessoal de lá tem uma criatividade para nomes admirável, agradeço por não me chamar “Adegonesjoson”. Caso queiram simplificar as coisas, podem me chamar de “mastigado”, é assim que todos me chamam no meu trabalho. Querem saber o porquê que me chamam assim? Eu poderia muito bem nessa narrativa falar meias verdades, dizer que sou quase um irmão gêmeo do “Gianecchini”, no entanto a realidade é bem diferente disso. Nasci infelizmente desprovido de beleza, e por esse motivo dizem assim; “Orra cara! Tu é tão feio que parece que foi mastigado (gargalhadas e gargalhadas). Como bom estagiário que sou, faço cara de conteúdo e dou um sorriso forçado. Mas minha hora de rir sempre chega, cuspo no suco deles quando me pedem pra ir até a padaria e falo comigo mesmo; “Quem é o mastigado agora em?!”. Com tudo meus caros leitores gostaria muito que me chamassem apenas de Alfredo, gosto que me chamem assim, lembro de meu falecido pai.
No final das contas não sou nada além de mais um personagem desse cotidiano incrivelmente injusto e surpreende de nosso Brasil. Tentarei trazer pra vocês algumas narrativas de nossa realidade, como se fosse um diário, onde riremos juntos, choraremos juntos, comemoraremos juntos e com toda certeza vou passar muita raiva, digo isso por que sou casado e hoje já não mais acredito em vida após o casamento. Acreditem, minha mulher é um ditador enlouquecido pelo stress do cotidiano. Ontem cheguei em casa, disse “oi’’ e ela não respondeu, logo pensei “fodeu TPM!”tomei banho e fui jantar, e me perguntei; “Cadê a janta”, só que infelizmente pesei alto. Meus amigos não queiram ver aquela mulher de 95 quilos em plena TPM tendo uma crise de pelanca, começou perguntando se eu tinha empregada e mandando minha querida mãe – que num tinha nada a ver com a situação - fazer o jantar, e acabei no sofá duro e com fome, pensando “Como eu amo minha adorável futura ex-mulher” agradeci por não ter filhos com ela, isso torna as coisas tão fáceis.
Dormi conformado, com a barriga cheia de sonhos, sei que hoje sou um bosta, um nada, um zero a esquerda. Mas graças a Deus, tenho 25 anos de saúde, raramente tenho gripes, meu carro num vale nada, tenho um gol quadrado azul, ano 91, que parece um enfeite na garagem, faz 8 meses que não sai de lá, com meu salário de estagiário teria que juntar dinheiro durante um ano para concertar. Mais sei que os tempos irão mudar. Como diria um amigo meu “A esperança é que nem sogra, é ultima que morre”. Termino esse ano a faculdade de direito, abrirei meu próprio escritório e serei muito rico e bem sucedido. Hoje, após ter dormido no sofá duro, acordei com dor nas costas.
E estar em plena Praça da Sé sob um calor de 35 graus, vestindo terno e gravata com dor nas costas é tortura nazista, além do mais quando terei que ir a um fórum em Cotia quando eu moro em Itaquera. E ainda tenho que ouvir meu chefe dizer; “De lá pode ir direto pra sua casa” como se tivesse me fazendo um favor, quase digo “Posso ir pra casa da sua mãe?”, não, dessa vez não pensei alto.
Bom, agora vou pegar o metro, algumas conduções um cipó e duas canoas pra chegar nesse maldito fórum. Depois conto como foi chegar em casa moído e se deparar com a medusa virada no satanás. Se sobreviver a isso, juro que escrevo um livro.
Até.


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